sábado, 13 de maio de 2017

Hackers atacam instituições do mundo todo e pedem "resgate" via bitcoin

Segundo empresas especializadas, o ataque já atingiu 74 países e companhias como a Telefônica

12/05/2017 - 18H05/ ATUALIZADO 18H0505 / POR REDAÇÃO GALILEU

(FOTO: WIKIMEDIA COMMONS/TERK0102)

Um ataque hacker ainda sem autoria atingiu 74 países no mundo, chegando a prejudicar multinacionais de comunicação e sistemas de saúde públicos. No Brasil, os sites do Tribunal de Justiça e do Ministério Público de São Paulo saíram do ar, mas os órgãos afirmam que o problema não tem origem nos hackers.

Segundo as empresas especializadas em segurança cibernética, s21sec e Check-point, o que se espalhou foi um vírus do tipo ransomware que realiza sequestro dos dados das máquinas e já infectou empresas e instituições da Rússia, Portugal, Ucrânia, Turquia, Espanha, Taiwan e Reino Unido.

O vírus é capaz de introduzir-se nos sistemas através de uma falha no sistema operacional Windows, conhecida após os vazamentos de informações sobre uma ferramenta sigilosa utilizada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

Ao atingir o hardware, o malware bloqueia qualquer tipo de acesso aos arquivos dentro da máquina, pedindo um resgate em troca da libertação do sistema. Trata-se de um pedido de pagamento de 300 dólares, em torno de 940 reais, via bitcoins. Segundo especialista consultado pelo El País, porém, o envio da quantia não é garantia de que todas as informações arquivadas possam ser recuperadas.

Uma das empresas atingidas foi a Telefônica, na Espanha. A filial brasileira afirmou, porém, que isso não afetou seu sistema. Além da empresa de telecomunicação, a seguradora Mapfre e o banco BBVA também foram atingidos. No Reino Unido, quem sofreu com a invasão foram 16 hospitais públicos do país, que ficaram sem acesso aos prontuários e tiveram suas ambulâncias redirecionadas.

O software malicioso é um dos mais comuns a rodar pela rede, imitando programas inofensivos quando baixado. Segundo o Instituto Nacional de Cibersegurança (Incibe), o malware que protagonizou os ataques é chamado de WanaCrypt0r, uma variante do WCry/WannaCry. Especialistas recomendam que o pagamento do resgate deve ser evitado.